|
Por vezes sinto-me triste, enfadonho, e acabo por nunca perceber qual o verdadeiro sentido de toda esta “penopolis” de sentimentos.
Acho que me faltas tu…sim tu! Aquela com quem vivi e aprendi a saber o verdadeiro significado da palavra amor! Amor... essa palavra cada vez mais usada e usada e usada, sem que os seus abusadores percebam a sua real ascensão.
Sinto a falta do teu toque, não sentido… Aquele toque que me perseguia estivesse cinzento ou um azul genuíno. Sempre soube que estiveras lá.
Mas hoje, hoje fecho os olhos e reparo que já não estás mais do meu lado.
Volto a fechar os olhos e já não te sinto como outrora senti. A imagem que conseguiste criar em mim fugiu por entre a brecha dos meus dedos, e por mais que tente puxar-te há sempre alguém que insiste em te derrubar.
Onde pára a liberdade não libertina que aqui morava? Se outrora lutamos pela janela aberta que nos deixava respirar o ar mais saudável e desejado, hoje parece que esse mesmo ar nos corta, que é frio e gelado. Hoje a liberdade deixou de
Sou devoto de ti, sou devoto da luta que deste e… na verdade…soube tão bem quando foste alcançada! Os punhos cerrados que foram usados, deram lugar a dois dedos bem erguidos. Mas o vermelho que foi vivo, começa a perder toda a sua vivacidade. A rouquidão experimentada deixou de fazer sentido, porque as causas pelas quais se gritam jamais são nobres.
Mas porque te quero, porque preciso de ti, lutarei e remarei contra estas ondas. Estas ondas que ganham cada vez maior proporção e me começam a deixar sem força.
Falarei sem voz aos demais, e contarei o quão era importante que voltasses ao primeiro dia da tua vida, esse dia em que me parece teres sido bem mais madura do que hoje com trinta e cinco.
Viver-te foi tão fugaz que nem deu. . .